quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Em três tempos.

É uma dor calada, uma dor não anunciada, uma dor que não se vê, nem se toca, mais que tem um tom de voz alta e grita. Passamos pela vida, passeando pelas ruas, enfeitando o passado e colorindo o presente, futuro é felicidade desejada, sempre, nele não há dor, nem odor. Rumamos esperançosos, o que a meu ver faz todo o sentido, afinal o que adianta a tristeza de agora, se amanhã eu não posso querer uma mudança, sempre gostei de antíteses temporais. É uma felicidade exibida, escancarada, essa que todos querem, mas poucos genuinamente conseguem. Para ser sincera eu não sei se conseguiria viver sem meus vícios de medo, sem meu choro, e o mais importante: como seria ficar sem me ver no espelho sem minhas lágrimas constantes, minhas sombras transparentes que brotam dos olhos. Pois bem, nesse tempo, é terno... o certo seria me acostumar com essa descarga de leveza, mas sinceramente não sei se devo, não por ser esnobe ou por comodidade, mas por precaução, veja, quando a tristeza bater, e sim, uma dia ela vem, quero ser educada e singela, pois a conheço bem e pra ela um dia, já dei o meu melhor.

2 comentários:

  1. Não fique ao pé da porta, ou da espera. Se a tristeza fizer visita, só abra a porta se ela tocar. Enquanto isso, deixe a dor sair pra se divertir, passear entre entre outros casais. A tristeza também não é perfeita. As vezes, acredite, ela falta. Um beijo.

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    1. Lú, sempre gosto da prisma que você observa tudo e todos, e os sentidos que você tem e dá. Sua sensibilidade é um afago na minha alma.Obrigada. Um beijo.

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